EQUIPO NIZKOR |
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01sep06
Denunciam assédio da Guarda Civil ao Barco da Memória
As organizaçons políticas Unidade da Esquerda Galega e NÓS-Unidade Popular querem fazer pública a sua denúncia dos factos acontecidos no passado dia 26 de Agosto, durante o acto de homenagem às marinheiras e marinheiros assassinados e lançados ao mar polos militares franquistas em 1936 na zona do Morraço, onde o mar funcionou como vala comum ao serviço dos golpistas.
No acto de homenagem participárom o Hídria Segundo, conhecido como o Barco da Memória, e outras embarcaçons pesqueiras, junto a umha representaçom institucional com a conselheira Ángela Bugalho à cabeça.
Umha patrulheira da Guarda Civil filmou em vídeo o transcurso do acto, para acabar abordando a comitiva civil em atitude claramente provocatória . Membros do corpo armado reclamárom papéis e aplicárom com todo o rigor a normativa marítima, ameaçando com sançons e multas os responsáveis pola presença da bandeira republicana espanhola em lugar da monárquica, e acusando os pesqueiros de levar aparelhos de pesca num dia nom laborável. Ao longo da semana, diversos trabalhadores do mar recebêrom avisos de sançom.
Diante desta grave provocaçom da Guarda Civil, que mais umha vez deu mostras do seu posicionamento histórico do lado do golpismo, todo indica que a Conselharia da Cultura da Junta da Galiza optou por silenciar o acontecido e tentar arranjá-lo em negociaçons "discretas" com o delegado do Governo espanhol na Galiza, Manuel Ameixeiras.
Pola nossa parte, NÓS-UP e UEG, apoiantes das diversas iniciativas populares que ao longo deste ano reivindicam a Memória Histórica antifranquista, nom queremos deixar no ocultamento um grave incidente que mostra como a Guarda Civil continua a dedicar esforços ao controlo social e o assédio contra o movimento popular e as iniciativas democráticas, inclusive as que contam com participaçom institucional, como no caso que comentamos.
Em lugar de silenciar este tipo de condutas, a Junta da Galiza deve exigir responsabilidades aos responsáveis políticos por estas inadmissíveis actuaçons repressivas da Guarda Civil: a Delegaçom do Governo espanhol e o próprio Ministério do Interior.
Vigo, Galiza, 1 de Setembro de 2006
NÓS-Unidade Popular e Unidade da Esquerda Galega
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